Quem sou eu

Minha foto
Amante da vida, da música e das paisagens.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

A versão sorridente da Gaga #LadyGaga #ARTPOP #Intimista #NovidadeMusical

A gente pensa que já viu de tudo quando o assunto é LADY GAGA, porém ela sempre volta com uma nova carta na manga, pronta pra impressionar os seus fãs, admiradores, críticos musicais e trazendo na bagagem influências de diversas outras artistas, mas a mistura disso tudo torna-se o produto final: Lady Gaga.

Inicio este Post ao dizer que, desta vez tive a coragem de baixar um álbum dela por completo e não me arrependo em hipótese alguma da experiência musical a qual tive a oportunidade de vivenciar. A nova sonoridade dela, com um ar mais light, puro e sorridente me conscientizou que dessa vez algo poderia estar interessante o bastante para ser escutado. E foi dito e feito! ARTPOP, o novo disco da Gaga pode ter sido um flop como dizem por aí - algo que não acredito, pode ter vindo diferente dos outros discos e ela também pode ter até plagiado, porém a verdade é que hoje em dia nada se cria, tudo se copia... o fato é que o álbum está impecável, com colaboradores incríveis - como o Zedd, R. Kelly e will.i.am, melodia dançante, ótimo aperitivo para o cenário das baladas e, principalmente sempre trazendo à tona sua Arte.


Um dos fatos que me impressiona desta nova fase da Gaga é o primeiro videoclipe, Applause: São muitos detalhes, muitas trocas de roupas e cenário, algo tremendamente minimalista e que traduz o momento da Gaga: Sua liberdade de expressão em fazer o que bem entende, em passar mensagens a partir de seu trabalho também arte-visual, e a partir daí os próprios telespectadores darão o seu feedback, a sua resposta sobre o que pensam sobre o videoclipe. E Arte, na minha concepção é isso: é o artista desenvolver seu próprio trabalho, colocar ali a sua alma, desenvolver a partir de influências de outros artistas o seu próprio EU e deixar as pessoas também serem livres para pensar o que imaginam de sua Arte. Lady Gaga é isso, irreverente e sempre com novidades.

Outro fato que me chamou bastante atenção, ainda falando sobre o videoclipe Applause é seu sorriso e espontaneidade. Poderia até parecer algo bem normal pra você, mas o fato é que dificilmente Lady Gaga abre sorrisos em seus videoclipes, diferente do que aconteceu em Applause. Creio que isso se deve ao fato da nova fase da cantora, de estar trabalhando em um projeto que ela acredita, coloca seu coração nele e compartilha com seus seguidores.


Dizem que cada álbum da Gaga é escrito para um público específico: The Fame, The Fame Monster: Trabalho desenvolvido para os produtores. Para o mainstrem. Simplesmente para vendas e para Lady Gaga se firmar no mercado competitivo da música atual; Born This Way: Trabalho em homenagem aos seus queridos seguidores, os little monsters. Que são incrivelmente parceiros de sua carreira e a defendem com unhas e dentes. Eles tiveram a oportunidade de ter uma continuidade do que aconteceu no re-lançamento do The Fame, porém com uma pegada já experimental e; ArtPop: Trabalho exclusivamente desenvolvido por e para ela mesma. Claro que com pretensões ambiciosas, porém nunca se sabe qual será a resposta dos críticos e fãs que estavam acostumados com a antiga Lady Gaga, uma garota que, de início abusava de temas voltados a ostentação de início, logo após obscuros, porém agora... Algo mais leve e divertido, sem deixar de lado a seriedade e comprometimento em demonstrar sua alma natural, sua arte. Como ela mesma disse em certa entrevista que deseja para o ARTPOP algo com falta de maturidade e sensibilidade.

Dito isto, vamos ao que realmente interessa, seu novo álbum: ARTPOP! Saiu do forno há alguns meses e desde então vem dividindo opiniões, alguns preferiam a era The Fame, outros apostam que esta nova sonoridade se enquadra mais para o cenário atual da música, mas uma coisa é certa: Como conheço apenas superficialmente os antigos trabalhos da Gaga, tenho a ligeira impressão de que este disco soa inovação... As letras de suas canções, até algumas parecendo bem leves e fáceis de serem entendidas e digeridas, existe um apelo muito forte nela querer mostrar a sua Arte, o que ela realmente quer passar nas canções as vezes deixa tudo muito vago e aberto a questionamentos e discussões, o que dificulta o entendimento. Talvez para um cenário mais alternativo seria algo viável, porém para o mainstream da música POP, infelizmente as pessoas ainda se interessam pelo lúdico e letras de fácil percepção, sempre evitando obras mais complexas. Costumo acreditar que desde a era Born This Way que Gaga está caminhando a outro patamar de sua percepção para com a música, elaborando mais suas canções e trazendo algo experimental a sua balada, chego até a compará-la com a Bjork, cantora islandesa que possui muitos anos de carreira e que hoje em dia se dedica a fazer suas canções tornarem-se obras musico-experimentais de arte, e creio que aos poucos Gaga caminha por esta mesma direção.

E o que dizer do dueto especial de fim de ano do The Voice que deu o que falar? Christina Aguilera junta-se a Gaga numa das apresentações que na minha opinião tornou-se histórica no mundo da música pelo simples fato de serem duas artistas talentosas e demonstraram respeito pelas qualidades uma da outra ao cantarem uma nova versão da música "Do What U Want", sucesso do novo álbum da Gaga. Música esta que originalmente cantada junto ao R. Kelly (cantor e produtor musical estadunidense), fala sobre o envolvimento sexual entre duas pessoas sem adicionar amor a relação, deixando bem claro no refrão "You can't have my heart and you wont use my mind, but do what you want with my body". A canção chegou ao topo #01 no iTunes de diversos países e a apresentação no American Music Awards 2013 foi considerada pela Billboard uma das melhores performances da premiação.


No disco você também encontrará a canção "Dope" como sendo a única baladinha mais tranquila. Nela, tem-se a oportunidade de ouvir a Gaga nua e crua, sem maquiagens ou extravagâncias. Esse é o momento mais intimista do álbum, em que a compositora desce do salto e mostra o seu lado vulnerável e sensível, de alguém que provavelmente está encontrando sentido na vida apenas vivendo em função das drogas pois o grande amigo ou amor deixaram-na a ver navios... Dope é um encontro intimista entre Gaga e seu piano, onde ela demonstra seus sentimentos e anseios do modo mais cru possível, deixando a canção do jeito que tem que ser... Humana.

Além do R. Kelly, alguns rappers também colaboraram no projeto ARTPOP: na poderosa canção "Jewels N' Drugs" os rappers T.I., Too $hort e Twista juntaram-se a Gaga para desenvolver uma canção de grande estilo, a adição de rimas deixaram ela ainda mais interessante e com uma batida viciante, vale a pena conferir! Pra finalizar Minha canção preferida ARTPOP merece destaque. A música segue numa batida futurista com base forte de sintetizadores, a letra da música possui bastantes detalhes: fala sobre a diversidade de temas e pessoas a quais Gaga pode se transformar a cada canção ou álbum lançado, comentando até que sua arte pode significar qualquer coisa.

O fato é que quem curte Experimental-POP não pode deixar de ouvir este disco. Gaga traz uma nova sonoridade ao seu estilo, deixa um pouco de lado temas obscuros, mas sem perder a sua essência adiciona a pitada ARTPOP num trabalho que merece destaque pela ousadia de produzir algo diferente. Recomendo!

+ Música: ARTPOP; Jewels n' Drugs; Dope.

+++Verso+++
"Brush off the darkness that you create
Your destiny that ARTPOP could mean anything, anything
I tried to sell myself but I am really laughing
Because I just love the music, not the bling
The music, not the bling..."

29-01-2014

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...