Diga ‘Sim!’ para o novo álbum do Jason Mraz! #folk #indie #experimental #love

E com o fim do ano se aproximando, começamos a escrever aquela famosa lista de desejos para o ano que está por vir. Talvez metas e sonhos que você já havia escrito no ano passado, você percebeu que elas ainda não foram realizadas. Ou seja, mais um ano em que você deixou a sua própria pessoa de lado. Já pensou sobre isso? O que te levou a não concretizar metas e sonhos que você havia desejado alcançá-las neste ano? Quais foram as dificuldades e encargos encontrados? O que te fez desistir ou nem correr atrás?

A verdade seja dita: cada um tem as suas limitações e medos, frustações e pecados. Mas você já parou pra pensar que estas metas não foram concretizadas simplesmente por você não ter dito um ‘Sim!’ para a sua vida? ‘Sim!’ para o seu dia a dia? ‘Sim!’ para os momentos? ‘Sim!’ para tudo que te faça uma pessoa melhor? Talvez isto tenha faltado. E é essa a mensagem que Jason Mraz junto com a banda Raining Jane pôde transmitir com o lançamento do álbum ‘Yes!’. Que tudo flui melhor na vida das pessoas que costumam dizer ‘Sim!’, e o referido álbum, repleto de sentimentos, é um produto do sim, onde ambos acreditaram no sonho, e puderam colocar em prática com tamanha perfeição.

 Jason Mraz é um cantor e compositor estadunidense indicado ao Grammy, conhecido por sua sonoridade calma e arranjos musicais de tirar o fôlego. Com apenas sua voz e violão, conseguiu emplacar hits como “I’m Yours” e “Lucky (feat. Colbie Cailat)”, além de suas famosas canções românticas que atingem os corações dos apaixonados, como “I Wont Give Up” e “93 Million Miles”.

Em seu quinto álbum, Mraz estava afim de alcançar novos ares e encontrar novas formas de se fazer música, e encontrou na banda de indie-rock-folk Raining Jane, a parceria ideal para realizar um novo álbum nunca escutado antes, um tanto diferente de sua sonoridade de costume, mas cheio de vida, de boas reflexões e de instrumentos musicais que tocam na alma do ouvinte. Este é o álbum ‘Yes!’, feito para as pessoas que dizem ‘Sim!’ para a vida, que buscam novos ares e não tem medo de alcançar o desconhecido. Feito para as pessoas que acreditam que podem ser e fazer a diferença, é só acreditar.

O álbum já tem início com a canção instrumental ‘Rise’, que dá uma pequena e bela contribuição da vivência musical que está para vir aos nossos ouvidos, uma interlude que me lembra os primeiros momentos do nascer do sol, aqueles raios de luz que forma uma paisagem exuberante e que desperta em nós o desejo e as expectativas de se esperar o melhor dia de nossas vidas. É assim que vejo esta pequena grande canção.

Logo após, a canção “Love Someone”, primeiro single do álbum, traz uma mensagem positiva acerca do amor ao próximo, respeitando aos outros e os amando, este sentimento é tão bom, e é também uma marca bastante presente no álbum: O amor ao próximo. Se você ama alguém, este sentimento voltará pra você através das pessoas, da natureza, da música, enfim, deixa o amor transparecer que ele será recíproco também pra você.

Pra não me estender muito, recomendo este álbum que tem o poder de tocar a alma e trazer a tona sentimentos tão bons através da música. Isso é o que mais me anima na música, ela transparece emoções: São sorrisos, choros, empatia, alegria de viver, enfim, uma infinidade de sentimentos que a música tem o poder de espalhar.

Com esta mensagem, eu finalizo as minhas publicações deste ano com a certeza de que no próximo ano serão novos desafios, novas experiências de vida, novos textos e sonhos para o Desvendando Música. Estou mantendo este Blog no intuito de fazer dele o meu diário pessoal transparecido pelas minhas experiências musicais na música que ando ouvindo. Quando a gente coloca o coração no que fazemos, tudo fica mais bonito e gostoso de fazer.

+ Música: Quiet; It’s So Hard to Say Goodbye to Yesterday; A World With You. 

Apresento: Chay Suede! #MPB #FolkMusic #RockRural

Fazia um tempinho que eu não criava aqui no Blog uma das matérias que mais curto em fazer. O quadro ‘Apresento’ sempre traz o que vem sendo lançado nos dias atuais por novos artistas não tão conhecidos pelo mainstream musical e que merecem atenção devido ao seu conteúdo sonoro inovador e diferente.

Foi justamente com o desejo de compartilhar projetos e trabalhos de novos artistas e bandas que surgiu a idéia inicial do Blog Desvendando Música, e como este ano as postagens estão até rendendo bastante, nada melhor do que relembrar o quadro trazendo um artista brasileiro que vem chamando atenção, principalmente nas telinhas brasileiras, porém a sua raiz é bem mais musical.

Apresento hoje Roobertchay, popularmente conhecido como Chay Suede*, crescido na cidade de Vila Velha, no Espírito Santo e que desde muito cedo tinha uma quedinha pelo mundo da música, compondo canções junto ao seu violão e encantando a sua família e amigos.

Encorajado pelo seu pai, Chay Suede participou e venceu alguns festivais de música em sua cidade natal, porém ele almejava mais: Em 2010, participou do programa ‘Ídolos’, reality show musical brasileiro, na Record, alcançando a 4a posição. Chay Suede pôde mostrar o seu potencial em ascensão e conquistou um legado de fãs e admiradores de seu trabalho ainda florescendo naquela época.

            Ainda em 2011, Chay Suede é chamado pela TV Record para contracenar na novela Rebelde e formar um grupo musical de mesmo nome. Em 2013, ele passa a apresentar um programa na antiga MTV Brasil, intitulado Hora do Chay. Neste período, Chay divulga projetos paralelos na música, na TV, nos cinemas e na internet.

Em outubro de 2013, lança o seu primeiro álbum homônimo após o fim da novela ‘Rebelde’, com canções escritas pelo artista em momentos diferentes de sua vida. O estilo musical do CD pode ser dito com suas próprias palavras como ‘rock rural’, uma mistura do brega e do romântico, com influências da MPB e da folk music.

O álbum traz uma sonoridade inteligente, pois mescla a batida popular conhecida por encantar com facilidade as adolescentes que curtem pop teen, porém também abre espaço para algo novo e bem produzido. Voz, violão, sanfona e gaita: tudo bem distribuído e que com letras próprias do cantor, trazem uma ambientação pessoal e autêntica para o álbum. As músicas que merecem destaque são: Papel, Essa Canção (os dias passam) e Mais Perto.

Após a sua participação na Rede Globo este ano, fez com que o Brasil inteiro se encantasse com seu rosto bonito e boa atuação, o garoto anda aproveitando a exposição gerada pela novela ‘Império’ para fazer ainda mais música e mostrar mais de seu trabalho. O Chay Suede vem produzindo um EP com 07 músicas próprias, as quais ele mesmo compôs, uma delas, inclusive foi inspirada no personagem principal, Zé Alfredo, da novela a qual ele participou.

Num é de hoje o meu apreço pelo Chay, assisti ao Ídolos de 2010 torcendo pela sua vitória e imaginando que o 4º. lugar conquistado foi o próprio destino quem decidiu, para que ele pudesse brilhar ainda mais em outros projetos, e está aí. Daquele Chay de 17 anos, cheio de sonhos e ainda travado no palco, podemos perceber uma grande mudança em vários quesitos as quais devem-se ao puro amadurecimento humano, portanto, boto fé que esse garoto ainda tem muito o que mostrar pra o Brasil, e encantar ainda mais pessoas por onde quer que passe. 

Recomendo!  

* Sobrenome definido a partir de sua identificação com um personagem rebelde do filme ‘Johnny Suede’, de 1991. 

Reflexão #OQTMove? #DejaVu #NowIsGood

Pra você, o que te move? O que faz você sentir-se vivo? Você já parou pra pensar no que você gostaria de estar fazendo daqui a 10 anos? Estas são questões bastante pertinentes que venho fazendo a mim mesmo ultimamente e que vale demais a reflexão. Vivemos num cotidiano tão agitado, uma vida cheia de compromissos e afazeres, que às vezes você esquece de parar e olhar para o seu próprio umbigo, e de repente pega se perguntando tais questões.

Há pouco mais de um ano resolvi ir a fundo na Universidade e terminar o meu curso 'Bacharel em Turismo' de forma positiva e com boas notas. Desde então, tentei ao máximo focar as minhas obrigações somente nos estudos, nos grupos de trabalho da Universidade, nos projetos de extensão, de pesquisa, e blá blá blá. Até aí, tudo bem. Mas sentia a necessidade de parar e pensar: 'Pra onde estou indo? Onde quero chegar com tudo isso?', cheguei até a renunciar coisas que me alegravam por conta deste destino crucial dos estudos. Deixei de lado as saídas com amigos, conversas com a família, namoros e paqueras, Deus e principalmente o meu bem estar.

Aos poucos, as ações externas a mim foram expandindo o meu campo de visão e mostrando que não era preciso estar tão saturado, pois eu não estava. Aos poucos, fui percebendo que aquilo que fazia era o mínimo e que eu como indivíduo posso fazer muito mais. Passei a levar estes ensinamentos a sério e trazer, na maioria das vezes, apenas pensamentos positivos para a minha mente. Desde então, meu corpo, alma e coração passaram a estar num equilíbrio bastante legal. Voltei a fazer tudo que costumava fazer e muito mais!

Então, quando a questão relacionada ao que me move, posso dizer que o meu próprio cotidiano faz isto por mim, pois como sabemos a Terra está em constante movimento, e com isso, gradativamente as mudanças vão ocorrendo sem você nem perceber. O que podemos fazer no dia a dia é tentar (ao máximo) buscar pensamentos positivos para que a gente continue no caminho certo ao qual é aquele que escolhemos como sendo o mais especial pra você mesmo. O meu caminho é diferente do seu. Quem sou eu pra dizer o que é certo ou errado?

Déja Vu - Pitty

"Mas eu sinto que eu to viva a cada banho de chuva que chega molhando meu corpo!
A minha alma nem me lembro mais em que esquina se perdeu ou que mundo se enfiou,
Mas eu não tenho pressa, eu não tenho pressa, eu não tenho pressa..."

E sobre o que eu planejo estar fazendo daqui a 10 anos... Prefiro estar vivendo o presente e fazendo a minha parte, pois o que importa é o agora. Tudo que faço no dia de hoje será semeado no futuro. O que quer que seja. Se eu planto coisas boas (amor, bondade, compaixão, companheirismo, profissionalismo), no futuro eu posso esperar coisas ainda melhores. Pois o ser humano é uma metamorfose assim como tudo o que está na Terra. Sofremos mudanças todos os dias e tudo isso parte da dinâmica do cotidiano que nos fazem ser quem nós somos hoje. Portanto, meu conselho é: não se importe muito com o futuro, pois como dizem por aí - O futuro a Deus pertence. Entrega nas mãos dEle que tudo estará bem planejado. Mas faça a sua parte, busque o seu caminho de luz. O seu modo de ver as coisas. Busque estar sempre em contato com as pessoas boas, com a natureza, com os elementos formadores da Terra, que assim... tudo isso fará ainda mais sentido aqui na Terra!

"(...) Vamos rir, chorar e aprender. Aprender especialmente como casar Céu e Terra, vale dizer, como combinar o cotidiano com o surpreendente, a imanência opaca dos dias com a transcendência radiosa do espírito, a vida na plena liberdade com a morte simbolizada como um unir-se com os ancestrais, a felicidade discreta nesse mundo com a grande promessa na eternidade. E, ao final, teremos descoberto mil razões para viver mais e melhor, todos juntos, como uma grande família, na mesma Aldeia Comum, generosa e bela, o planeta Terra."

Leonardo Boff - Casamento entre o Céu e a Terra. Salamandra, Rio de Janeiro, 2001.p. 09

Relato de um Sonho (de um Show) Ney Matogrosso #Brilhante #Encantador #Enigmático

Tenho recordações de um final de tarde de dezembro, onde estava no meu carro ouvindo a rádio, quando de repente uma canção cheia de sentimentos começa a tomar conta do ambiente, e uma voz forte passa a tocar o meu coração . Surgiram assim diversas sensações transcendentais, onde parti para outra dimensão e encantei-me pela canção. Lembro que ainda consegui escrever alguns trechos dela logo após ouvi-la para poder descobrir de quem seria aquela voz encantadora, e descobri que era mais do que um cantor... Era Ney Matogrosso, um dos artistas mais enigmáticos e irreverentes da cultura musical brasileira.

Ney Matogrosso começou a sua carreira da música muito cedo, no início dos anos 1970. Ele, João Ricardo e Gérson Conrad faziam grande sucesso com a banda Secos & Molhados, principalmente pelas suas apresentações ousadas nos festivais de música acrescidas de um figurino e uma maquiagem extravagantes. Eles foram um dos propulsores do hibridismo musical no Brasil, mesclando diversos ritmos e sons em suas composições. Em 1975, Ney Matogrosso lançou o seu primeiro álbum solo intitulado "Água de Céu-Pássaro", com uma sonoridade bastante experimental, adicionando sons que remetiam à natureza selvagem em cada canção, que nos teletransporta à ambientação musical do disco em si.

Sobre a canção que comentava no início da postagem, esta se chama "Poema", música composta por Cazuza e que ganha vida ao ser interpretada por Ney Matogrosso de uma forma tão doce mas tão cheia de vida. Além de cantor, ele é iluminador e ator brasileiro. Sua maior característica é sua interpretação perante o palco que segue na mesma vibe do início de sua carreira: Sempre irreverente e revolucionário, Ney Matogrosso chocou os anos 70 com seu visual "exótico" porém libertador para a sua época, dando voz a tantos outros jovens que almejavam um País (então envolvido na Ditadura Militar) digno de liberdade de expressão. Ney ainda lida com os palcos de forma liberta, sem frescuras, e isso tornou o seu show ainda mais vibrante e excitante. É por este e tantos outros motivos que tive a curiosidade em conhecer mais sobre o cara que é considerado um dos artistas mais completos do cenário brasileiro de música, e após algumas pesquisas tinha prometido a mim mesmo: "Eu ainda preciso assistir a um show ao vivo desse cara!"

E foi dito e feito! Dia 24 de julho de 2014, em João Pessoa - PB, após um longo dia cheio de compromissos, estava eu numa casa de shows prestes a estar em frente a um dos caras que tanto contribuíram para o rico acervo musical do Brasil, e eu me orgulhava disso. Centenas de pessoas de todas as idades encontravam-se num ambiente gostoso e que lidava bem com as diferenças: eram jovens e adultos animados, senhoras bem arrumadas e com seus vestidos de gala, pessoas "normais" como eu, além dos casais de toda cor, que se distinguiam apenas na orientação sexual, pois somos todos iguais. Já passava das 22h, estava eu, bem próximo ao palco e excitado para ver aquele cara tão enigmático e interessante. Ney tem viajado o Brasil com a nova turnê de seu último álbum intitulado "Atento aos Sinais (2013)" e iria apresentar seu novo repertório.

Então foi anunciado, Ney Matogrosso chegou ao palco exatamente às 22h10, sentado em uma poltrona que mais parecia um trono e que remetia à supremacia, dando boas vindas aos seus súditos que tanto o aguardavam. Neste momento, ele foi ovacionado pela plateia que soltava frases do tipo "Eu te amo, velho gostoso!". A iluminação da turnê estava impecável e casava de forma bastante positiva na ambientação do espaço e no próprio visual do artista, que estava envolvido com roupas luminosas e cristalizadas, brilhando o tempo todo. Iniciou-se o show, com a forte canção "Rua da Passagem", que literalmente ensina os ouvintes a como portar-se perante o trânsito caótico das grandes cidades brasileiras. Nas primeiras canções, Ney Matogrosso mostrou porque ele é tão aclamado pelo público: seus olhos ao encarar a platéia não piscavam um minuto, e a sua liberdade perante o palco é o mais encantador de todas as experiências.

Ouvimos uma sequência de canções que meche com os nossos nervos: "Noite Torta" e "Ilusão da Casa" fazem parte do repertório mais tranquilo do show, porém ambas possuem um cunho sentimental bastante forte, letras envolvidas no antagonismo de se fazer música, uma das marcas registradas dos anos 1970, em que os artistas utilizavam-se  de figuras de linguagem para se safarem do Regime Militar da época. Considerando o hibridismo musical do Ney, característica presente em suas canções desde o início de sua carreira, encontramos ele se arriscando no Funk carioca ao trazer em seus shows uma versão adaptada da canção "Beijos de Imã", mas que casou muito bem com a proposta do show e pela sua própria característica multi-facetada.

Em "Freguês da Meia Noite", canção escrita pela rapper Criolo, percebemos a presença da incrível banda dele que fez do show um espetáculo de música boa e ao vivo. Num outro momento, provavelmente na metade do show, enquanto a banda tocava um solo memorável, pudemos comprovar a irreverência do artista ao trocar de roupa em frente a plateia, tirando sarro e fazendo charme enquanto retira seu lenço brilhante e as botas de salto alto que são utilizadas por ele, um senhor de seus 70 e poucos anos mas que continua em boa forma! Ainda falando sobre sua irreverência no palco, ao final da canção "Não Consigo", relembramos um intérprete dos anos 70 que finge orgasmos em cima do palco, algo avassalador para a época, nos envolvendo num ambiente bastante curioso de sua personalidade.

Sobre o ponto máximo do show posso destacar a sua apresentação para a canção "Isso Não Vai Ficar Assim", uma batida de reggae bastante gostosa de se ouvir junto aos trompetes que dão a sonoridade completa para o refrão instigante que diz "... beije-me, beije-me, beije-me!", onde no final da canção algumas pessoas que estavam em frente ao palco se levantaram e foram agarrar o artista que não se importou com a demonstração de carinho da plateia, deixando o clima do show ainda mais agradável. A canção "Samba do BlackBerry" foi um dos momentos mais agitados. Sobre os antigos sucessos, Ney Matogrosso relembrou o período do Secos & Molhados ao interpretar a canção "Amor", de 1972, e sua tão aclamada canção "Poema", que levou as pessoas ao delírio e a certeza de que aquele momento valeu a pena, parecia até um sonho! Os covers também não ficaram de fora, com a canção "Ex-Amor" do Martinho da Vila.

Pra finalizar, ainda rolou a volta da banda ao palco e o repeteco na canção "Roendo as Unhas" que encerrou a noite de forma maravilhosa ao aparecer bolhas de sabão no palco, dando ainda mais beleza ao espetáculo.Como relato pessoal, posso dizer que este momento de quase 02 horas de show fizeram de mim uma pessoa muito feliz, pois pude comprovar ao vivo a vitalidade e a presença de palco que Ney Matogrosso exala em suas apresentações e o torna um dos artistas mais irreverentes dos anos 70 e que ainda hoje influencia a musicalidade brasileira. Este momento foi um sonho que pôde se tornar realidade: ver de perto a magnitude e irreverência de um grande artista da música popular brasileira, digno de muito reconhecimento e tão multifacetado como ele é... Incrível!

A Tropicália e sua relação musico-social #ContraCultura #Golpe64 #AlegriaAlegria

Década de 60: Muro de Berlim, Revolução Cubana, Guerra no Vietnã, movimentos sociais em ascensão, o Mundo foi palco de diversas mudanças político-sociais, o que fez com que muitas pessoas começassem a perceber seu papel na sociedade. Com isso, no Brasil também não foi diferente: no ano de 1964, o presidente João Goulart é deposto por um golpe, dando início ao Regime Militar no Brasil.

Nestes últimos dias venho tendo a oportunidade de dar a devida atenção a um dos movimentos culturais mais importantes da história da música no Brasil, aquele que fez a ruptura da Bossa Nova e trouxe uma nova roupagem ao estilo musical da época, O Tropicalismo. Foi um movimento contra-cultura do final da década de 60 onde diversos artistas da época fizeram parcerias em festivais de música e apresentações ao vivo para se manifestarem contra o período conturbado da época - regime militar - exigindo, principalmente pela liberdade de expressão.

Como naquela época existia uma censura a qual restringia os artistas da época, os mesmos precisavam buscar suporte nas figuras de linguagem para poderem se expressar e passar a sua mensagem nas canções. É então que surge a Tropicalia, movimento de ruptura que sacudiu o ambiente da música popular e da cultura brasileira entre 1967 e 1968, que teve início pelos baianos Caetano Veloso e Gilberto Gil no Festival de Música Popular Brasileira, na Rede Record e Globo.

Mesmo sabendo que o movimento não durou até a década de 70, fica claro que o mesmo foi de extrema importância para o cenário brasileiro da época, principalmente pelo lado musical, trazendo uma nova perspectiva dos ritmos e dando espaço a criatividade em estúdio, além do lado político, pois deu voz aos milhares de brasileiros que estavam indignados com o período, porém estavam censurados. Hoje em dia, nos resta os tantos livros, sites e documentários falando sobre o período, vale a pena disponibilizar alguns minutos de seu final de semana para conhecer as obras dos mestres da música brasileira.

Logo abaixo, cito o álbum-título do Movimento Tropicalista, uma das bandas mais irreverentes do período e outra dos anos 70, liderada por um excêntrico performer.

- "Tropicalia: ou Panis Et Circencis (1968)";

Em Julho de 1968, ocorre o lançamento do álbum que é considerado o marco do Movimento Tropicalista. Diversos artistas da época, adeptos aos movimentos sociais da época fazem parcerias para o álbum de auto-afirmação do movimento Tropicalista, pela Philips. Gilberto Gil, Caetano Veloso e Os Mutantes juntam-se com Nara Leão, Gal Costa e Tom Zé para o lançamento do álbum que retratava toda uma sociedade indignada com o período da Ditadura Militar e que buscavam, de todas as formas, a liberdade de expressão e direitos humanos que foram, de certa forma, minimizados neste período.

+ Música: Panis Et Circensis; Coração Materno; Baby e; Hino do Senhor do Bonfim.

- Os Mutantes (1966);

Sua formação original era composta por Arnaldo Baptista, Rita Lee e Sergio Dias. Eles são considerados os prepulsores do Rock Psicodélico no Brasil e bastante inovadores, por terem introduzido o Rock Experimental no cenário brasileiro, dando origem ao hibridismo musical ao mesclar o rock com a própria cultura local em suas canções metafóricas e que condiziam com a realidade da época. Os Beatles são considerados a maior influência da banda a qual exagerava na criatividade em estúdio, com distorção e truques em estúdio, assim como os Beatles faziam. Os Mutantes ganharam esse nome antes de sua primeira aparição no Programa do Ronnie Von, na TV Record. Pela sua irreverência musical e letras cheias de metáfora, Os Mutantes chamaram a atenção dos baianos para fazerem parte do movimento Tropicalista, dando início assim a uma parceria bastante enriquecedora para a cultura musical brasileira.

+ Música: Bat Macumba; Balada de um Louco; Posso Perder Minha Mãe, Mulher... Rock n' Roll.

- Secos & Molhados (1970);

Sua formação inicial, formada por Ney Matogrosso, João Ricardo e Gérson Conrad revolucionou o modo de se fazer música e trouxe uma nova perspectiva ao momento conturbado do período. Mesmo não fazendo parte diretamente do movimento Tropicalista, a banda Secos & Molhados foi uma das prepulsoras no experimentalismo musical no Brasil: Seu primeiro CD, datado de 1973, possui uma mesclagem de diversos ritmos, como o forró, a psicodelia e o rock, juntas em um unico álbum, caracterizando a sua semelhança com o movimento Tropicalista da mesma época, tanto pelo desprendimento musical evidente da banda, como também por suas performances em festivais de música, com 'reverência estética, extravagância e cara-pintada' como sinônimos de suas apresentações ao vivo, no mínimo, intrigantes. Os Secos e Molhados chegaram após o movimento Tropicalista, porém trouxeram em suas letras o inquietamento de uma Nação e a crítica aos antigos tempos de ditadura.

+ Música: O Patrão Nosso de Cada Dia; O Vira; Rosa de Hiroshima; Fala.

Obs.: Pra quem tiver interesse em conhecer mais sobre o Movimento, existe o documentário Tropicália (2012), de Marcelo Machado.
Ou entrar e curtir o site TROPICALIA, projeto desenvolvido por Ana de Oliveira, e que traz o Movimento, suas características, histórico e a relação com o período conturbado da época.

05 Anos de História, 05 anos de Música, 05 anos de Blog! #HappyBDay #DesvendandoMusica

Interessante imaginar que a técnica de amostragem "Snowball (bola de neve)", a qual utiliza-se cadeias de referências em uma espécie de rede, acaba por casar muito bem com as pesquisas que desenvolvo aqui no Blog, porque tudo que escrevo tem algum interesse ou influência em algo que já conheci antes. Algo interessante, que me chama a atenção, acaba me levando a novos caminhos, com outras ideias e pensamentos, e que enfim me leva ao desejo e criação de alguma postagem aqui. O que quero dizer é que tudo está interligado, desde as menores partículas químicas encontradas no ambiente até a complexidade dos fenômenos naturais que tanto intrigam os habitantes da Terra, tudo faz parte de um TODO.

Nada mais me fascina tanto quanto a Música, e é por este  motivo que venho mantendo o Blog Desvendando Música, agora por 05 anos! Sim, e ele está completando esta data hoje!! Lembro como se fosse ontem, que a partir do momento em que eu conheci a rede social "Last.fm", que tive o interesse em compartilhar com outras pessoas (ou apenas comigo mesmo) todo o acervo musico-cultural ao qual tinha a oportunidade de experimentar. Foi a partir desse desejo pessoal em que eu começei a, de forma tranquila e sem pressão, adicionar textos, curiosidades, fotos e vídeos de artistas do Mundo Musical. Claro que nem sempre me deparo com antigos textos que me fazem ter orgulho de mim mesmo, mas sei também que esse arquivo pessoal ao qual tenho acesso pode falar muito de minha personalidade.

Com uma pequena retrospectiva, vi que a 1a postagem do Blog, data de 05 de julho de 2009, remete-me ao final do 3o. ano científico, eu com 17 anos, sonhador. Em 2010 e 2011, deparo-me com 42 postagens no Blog. UAU! Demonstrando assim a explosão de pensamentos e ideias que foram induzidas pela minha entrada na Universidade. Em 2013, houve o silêncio, o bloqueio de idéias, passei o ano de 2013 praticamente sem criar nenhum texto para o Blog, isso se deve ao fato de ter estado numa fase de conhecimento e entendimento pessoal e de muitos questionamentos. É a partir destes questionamentos então que começo a indagar: "Quem sou eu? De onde venho? Qual é o meu objetivo na Terra? Para onde vamos?", enfim, estes simples questionamentos te levam a infinidades complexas, pois nunca iremos encontrar respostas concretas a tais indagações, precisamos ir além de apenas argumentos... É preciso sentir! É preciso uma visão holística, de um TODO. É aí que considero a próxima e mais interessante fase de meu Blog, de minha vida. É a consolidação do ser, a certeza de fazer parte de uma sociedade e ter a consciência de SER pensante, de agregar valor aos outros, de saber que cada pessoa, por mais indiferente que ela seja, faz alguma diferença na vida. É a empatia pelos outros, carinho pelos animais, pela natureza. Resume-se aos ensinamentos em que o maior Homem da história transmitiu para os ouvintes em forma de um único verbo: Amar.

Levando em conta tudo dito anteriormente, vamos ao que importa: A Música! Resolvi seguir um caminho diferente à postagem de aniversário de meu Blog Desvendando Música, e fazer um apanhado dos textos que considero os mais pertinentes a serem citados nesta postagem especial, vamos lá!

- Luiz Gonzaga (11-10-2009); LINK AQUI!

Interessante perceber que mesmo o meu direcionamento musical estar voltado ao cenário POP internacional em 2009, me encuca o fato de sempre respeitar o que vem do nosso País e que possui uma relevância cultural. Creio que isso vem muito da minha educação em casa, de sempre respeitar as diferenças e ver o lado bom das coisas. Hoje em dia não consigo mais viver sem música popular brasileira, e esta construção passou a ser mais forte com o tempo.

- Experimental Music (13-11-2010); LINK AQUI!

Não podia deixar de lado a minha essência que é Música Experimental, aquele estilo musical, seja ele instrumental ou radioativo, mas que traga uma bagagem de diferentes visões e complexidades, instrumentos usuais que acabam tornando-se musicalmente gostoso de se ouvir, enfim... É essa metamorfose de gêneros e instrumentos musicais onde a autenticidade reina nas canções.

- Águas de Março - Critérios de Textualidade (12-11-2010); LINK AQUI!

Relacionei esse texto basicamente por ele lembrar-me da disciplina de "Português Instrumental", onde apresentei um seminário sobre figuras de linguagem em que esta canção era base para o meu trabalho. Meu interesse pela Bossa Nova, importante gênero musical que acabou sendo espalhado para todo o Mundo inicialmente na voz do Tom Jobim, era principalmente pela influência de meu irmão. Na sua própria opinião, ele comenta o quanto que a Bossa Nova traz em si uma diversidade de sentimentos atrelada a música que tornam a sonoridade bastante original. Concordo com ele. 

- Little Boots, Botinhas (28-09-2010); LINK AQUI!

Carinho antigo, sonoridade futurista. Sempre me interessei por artistas completos, musicistas de primeira linha. Victoria Christina é um exemplo disso: Ela consegue cantar e tocar tantos outros instrumentos com tamanha perfeição, e esta característica me fascina! Foi por intermédio dela que tive o interesse em conhecer um pouco o Mundo Musical na prática, ao ingressar-me em aulas de teclado e piano. Demais!

- Vivenciando Novo Trabalho do Nx Zero (05-03-2011); LINK AQUI!

Com este minucioso álbum do Nx Zero que começei a ter interesse pelo RAP, a importância social das rimas que desmistifica antigos estereótipos de elementos vivenciados na realidade das comunidades é de extrema relevância. Com essas canções tão ricas em detalhes e realidade social bem caracterizada, podemos sair de nossa zona de conforto e perceber o nosso entorno. É a partir daí que a preocupação, a empatia pelo próximo consegue ser ainda mais clara, não olhando apenas para o seu nariz e das pessoas que o cercam, e sim, visualisando o sistema como TODOS atuantes de uma nação. 

- Legião Urbana (23-04-2011); LINK AQUI!

Mesmo não curtindo o cenário musical de bandas de Rock dos anos 80-90, é pertinente reconhecer a importância delas para o período. Assim como o RAP, Legião Urbana traz em suas letras um cunho social, com suas canções cheias de críticas ao Estado em si, ao sistema impregnado a Época e que, mesmo sendo canções relativamente antigas, ainda fazem sentido nos dias atuais, para ver o quanto que é complicado resolver questões sociais quando o capistalismo fala mais alto. 

- Apresento: Skylar Grey (05-06-2011); LINK AQUI!

O único quadro do Blog, em que costumo apresentar novas bandas e artistas do Brasil e do Mundo. Nos dias atuais é até difícil de achar conteúdos específicos de música pelo fato de na internet termos contato com um amaranhado de diferentes gêneros musicais. E é essa facilidade em buscar novas experiências musicais que tenho o prazer de compartilhar com outras pessoas. 

- Festival SWU: Ideologia x Programação (10-11-2011); LINK AQUI!

Texto que pode ter sido desenvolvido sem contextualização nenhuma com a minha realidade naquela época, mas que hoje em dia faz total sentido! Nessa postagem, estava dando os primeiros passos para o que hoje eu considero como sendo a minha paixão: a constante luta pelo Meio Ambiente. Nesse tempo de afastamento no Blog tive mais tempo para encontrar o meu interesse no ramo profissional e acadêmico. Daí a bagagem aumentou: os contatos que fiz, os projetos aos quais participo, o meu ativismo ambiental nas redes sociais, enfim... E poder chegar hoje, depois de 03 anos dessa postagem e perceber que eu já tinha um viés para essa área é super interessante. 

[...]

E com tanta história pra contar, com isso mais um capítulo do Blog é finalizado, na perspectiva que mais inspiração seja encontrada para que daqui a 05 anos eu possa rever as antigas postagens e perceber o crescimento pessoal nas linhas escritas com tanto carinho. Engraçado que há alguns meses, um amigo me aconselhou a tornar o Blog Desvendando Música mais pessoal, com características do que estou vivendo no momento, como sendo uma espécie de diário, só que com a Música como tema principal, isso está me ajudando muito, abrindo horizontes, e estou conseguindo mostrar mais de mim em cada postagem feita neste ano, o que é muito bom! Daqui a 05 anos terei a curiosidade de ler antigos posts e irei reconhecer que as pessoas costumam mudar muito num curto espaço de tempo, imagina em cinco anos?! Hehe. 

A versão sorridente da Gaga #LadyGaga #ARTPOP #Intimista #NovidadeMusical

A gente pensa que já viu de tudo quando o assunto é LADY GAGA, porém ela sempre volta com uma nova carta na manga, pronta pra impressionar os seus fãs, admiradores, críticos musicais e trazendo na bagagem influências de diversas outras artistas, mas a mistura disso tudo torna-se o produto final: Lady Gaga.

Inicio este Post ao dizer que, desta vez tive a coragem de baixar um álbum dela por completo e não me arrependo em hipótese alguma da experiência musical a qual tive a oportunidade de vivenciar. A nova sonoridade dela, com um ar mais light, puro e sorridente me conscientizou que dessa vez algo poderia estar interessante o bastante para ser escutado. E foi dito e feito! ARTPOP, o novo disco da Gaga pode ter sido um flop como dizem por aí - algo que não acredito, pode ter vindo diferente dos outros discos e ela também pode ter até plagiado, porém a verdade é que hoje em dia nada se cria, tudo se copia... o fato é que o álbum está impecável, com colaboradores incríveis - como o Zedd, R. Kelly e will.i.am, melodia dançante, ótimo aperitivo para o cenário das baladas e, principalmente sempre trazendo à tona sua Arte.

Um dos fatos que me impressiona desta nova fase da Gaga é o primeiro videoclipe, Applause: São muitos detalhes, muitas trocas de roupas e cenário, algo tremendamente minimalista e que traduz o momento da Gaga: Sua liberdade de expressão em fazer o que bem entende, em passar mensagens a partir de seu trabalho também arte-visual, e a partir daí os próprios telespectadores darão o seu feedback, a sua resposta sobre o que pensam sobre o videoclipe. E Arte, na minha concepção é isso: é o artista desenvolver seu próprio trabalho, colocar ali a sua alma, desenvolver a partir de influências de outros artistas o seu próprio EU e deixar as pessoas também serem livres para pensar o que imaginam de sua Arte. Lady Gaga é isso, irreverente e sempre com novidades.

Outro fato que me chamou bastante atenção, ainda falando sobre o videoclipe Applause é seu sorriso e espontaneidade. Poderia até parecer algo bem normal pra você, mas o fato é que dificilmente Lady Gaga abre sorrisos em seus videoclipes, diferente do que aconteceu em Applause. Creio que isso se deve ao fato da nova fase da cantora, de estar trabalhando em um projeto que ela acredita, coloca seu coração nele e compartilha com seus seguidores.

Dizem que cada álbum da Gaga é escrito para um público específico: The Fame, The Fame Monster: Trabalho desenvolvido para os produtores. Para o mainstrem. Simplesmente para vendas e para Lady Gaga se firmar no mercado competitivo da música atual; Born This Way: Trabalho em homenagem aos seus queridos seguidores, os little monsters. Que são incrivelmente parceiros de sua carreira e a defendem com unhas e dentes. Eles tiveram a oportunidade de ter uma continuidade do que aconteceu no re-lançamento do The Fame, porém com uma pegada já experimental e; ArtPop: Trabalho exclusivamente desenvolvido por e para ela mesma. Claro que com pretensões ambiciosas, porém nunca se sabe qual será a resposta dos críticos e fãs que estavam acostumados com a antiga Lady Gaga, uma garota que, de início abusava de temas voltados a ostentação de início, logo após obscuros, porém agora... Algo mais leve e divertido, sem deixar de lado a seriedade e comprometimento em demonstrar sua alma natural, sua arte. Como ela mesma disse em certa entrevista que deseja para o ARTPOP algo com falta de maturidade e sensibilidade.

Dito isto, vamos ao que realmente interessa, seu novo álbum: ARTPOP! Saiu do forno há alguns meses e desde então vem dividindo opiniões, alguns preferiam a era The Fame, outros apostam que esta nova sonoridade se enquadra mais para o cenário atual da música, mas uma coisa é certa: Como conheço apenas superficialmente os antigos trabalhos da Gaga, tenho a ligeira impressão de que este disco soa inovação... As letras de suas canções, até algumas parecendo bem leves e fáceis de serem entendidas e digeridas, existe um apelo muito forte nela querer mostrar a sua Arte, o que ela realmente quer passar nas canções as vezes deixa tudo muito vago e aberto a questionamentos e discussões, o que dificulta o entendimento. Talvez para um cenário mais alternativo seria algo viável, porém para o mainstream da música POP, infelizmente as pessoas ainda se interessam pelo lúdico e letras de fácil percepção, sempre evitando obras mais complexas. Costumo acreditar que desde a era Born This Way que Gaga está caminhando a outro patamar de sua percepção para com a música, elaborando mais suas canções e trazendo algo experimental a sua balada, chego até a compará-la com a Bjork, cantora islandesa que possui muitos anos de carreira e que hoje em dia se dedica a fazer suas canções tornarem-se obras musico-experimentais de arte, e creio que aos poucos Gaga caminha por esta mesma direção.

E o que dizer do dueto especial de fim de ano do The Voice que deu o que falar? Christina Aguilera junta-se a Gaga numa das apresentações que na minha opinião tornou-se histórica no mundo da música pelo simples fato de serem duas artistas talentosas e demonstraram respeito pelas qualidades uma da outra ao cantarem uma nova versão da música "Do What U Want", sucesso do novo álbum da Gaga. Música esta que originalmente cantada junto ao R. Kelly (cantor e produtor musical estadunidense), fala sobre o envolvimento sexual entre duas pessoas sem adicionar amor a relação, deixando bem claro no refrão "You can't have my heart and you wont use my mind, but do what you want with my body". A canção chegou ao topo #01 no iTunes de diversos países e a apresentação no American Music Awards 2013 foi considerada pela Billboard uma das melhores performances da premiação.

No disco você também encontrará a canção "Dope" como sendo a única baladinha mais tranquila. Nela, tem-se a oportunidade de ouvir a Gaga nua e crua, sem maquiagens ou extravagâncias. Esse é o momento mais intimista do álbum, em que a compositora desce do salto e mostra o seu lado vulnerável e sensível, de alguém que provavelmente está encontrando sentido na vida apenas vivendo em função das drogas pois o grande amigo ou amor deixaram-na a ver navios... Dope é um encontro intimista entre Gaga e seu piano, onde ela demonstra seus sentimentos e anseios do modo mais cru possível, deixando a canção do jeito que tem que ser... Humana.

Além do R. Kelly, alguns rappers também colaboraram no projeto ARTPOP: na poderosa canção "Jewels N' Drugs" os rappers T.I., Too $hort e Twista juntaram-se a Gaga para desenvolver uma canção de grande estilo, a adição de rimas deixaram ela ainda mais interessante e com uma batida viciante, vale a pena conferir! Pra finalizar Minha canção preferida ARTPOP merece destaque. A música segue numa batida futurista com base forte de sintetizadores, a letra da música possui bastantes detalhes: fala sobre a diversidade de temas e pessoas a quais Gaga pode se transformar a cada canção ou álbum lançado, comentando até que sua arte pode significar qualquer coisa.

O fato é que quem curte Experimental-POP não pode deixar de ouvir este disco. Gaga traz uma nova sonoridade ao seu estilo, deixa um pouco de lado temas obscuros, mas sem perder a sua essência adiciona a pitada ARTPOP num trabalho que merece destaque pela ousadia de produzir algo diferente. Recomendo!

+ Música: ARTPOP; Jewels n' Drugs; Dope.

+++Verso+++
"Brush off the darkness that you create
Your destiny that ARTPOP could mean anything, anything
I tried to sell myself but I am really laughing
Because I just love the music, not the bling
The music, not the bling..."

29-01-2014

#SDDSLOLLA #Lolla2014 #LollapaloozaBrasil #SemReisLifestyle

Como todos sabem, no início do mês de abril, nos dias 05 e 06 rolou o maior festival de música de São Paulo, o Lollapalooza Brasil, que teve shows de diversos artistas tanto do cenário nacional como da música mundial. O Desvendando Música teve a oportunidade de curtir o festival de pertinho e trouxe de lá muita inspiração para novos textos à página. Shows como o do brasileiro Silva, da cantora em ascensão Lorde, e nomes consagrados como Ellie Goulding, Arcade Fire e Imagine Dragons fizeram valer a pena os dois dias de festival com muita animação.

Pra quem está interessado em sentir um pouco dos inúmeros momentos marcantes do Festival, o Blog Sem Réis Lifestyle montou uma PLAYLIST #SDDSLOLLA escolhida pelos próprios seguidores da página, com os artistas que performaram no Lollapalooza e, claro que o Blogueiro Desvendando Música, Diôgo Santos não poderia estar de fora rs, segue abaixo a canção selecionada e a emoção sentida no momento.

DIÔGO SANTOS
Lorde - Team

"Sem sombra de dúvidas, o show da Lorde foi o mais impactante, principalmente na canção 'Team', onde papéis picados foram lançados no finalzinho da apresentação. Este simples gesto foi, para mim, um momento único e uma experiência existencial de renovação... Estar no Lollapalooza e assistir à canção que fala sobre 'encontrar importância nos momentos mais triviais da vida' foi impagável, ainda mais com direito aos papéis picados e a explosão de emoções da cantora para com a canção, foi... Libertador!"

Quer ver ver a matéria na íntegra com o comentário dos outros seguidores da página Sem Réis Lifestyle e seus momentos únicos no festival?! ACESSE AQUI!

Trilha Sonora Transcendental #AmbientMusic #ChillOutMusic #ExperimentalMusic

O que você anda fazendo para refletir as consequências dos seus atos e definir os objetivos de um futuro incerto que está começando agora? O que você pensa em fazer daqui a alguns anos e como tais atitudes irão influenciar no seu comportamento? Complicado. Pois são perguntas bem específicas e merecem respostas que devem vir do fundo da alma. Você é um ser pensante, ou seja, você sabe que num planeta de aproximadamente 07 bilhões de pessoas VOCÊ EXISTE, e tem em sua consciência poucas certezas e duvidas demais que batem de frente com a razão de se estar aqui, neste exato momento. Se você tem estas indagações pessoais, normal, você pode ser considerada uma pessoa normal e com fundamentos bastante fortes. É como diz o filósofo francês René Descartes, que afirmou: "Penso, logo existo", na frase ele quis dizer que o fato de pensar assegura à mente o fato da própria existência psicológica. Em outras palavras, quando ela se dá conta de que está pensando, pode ter certeza de que existe.

Dito isto, o conceito de uma das palavras que inicia o nosso post está muito ligado aos aspectos ditos acima: "Transcendental" é tudo aquilo que vai além dos limites conhecidos pelo Universo, do entendimento humano, lida com questões subjetivas e complexas, pode ser considerado como uma qualidade atribuída ao divino e própria ou relativa ao conceito de Deus, compreendendo também sua natureza, seu modo de agir, e entendimento a partir de uma perspectiva mística, e o gênero musical ao qual iremos vivenciar no dia de hoje está muito ligado a tudo isso, apresento-lhes à Música Ambiente (Ambient Music), geralmente presente em trilhas sonoras de documentários e filmes, e que pode ser decifrado como experiências musicais em que o ouvinte passa a vivenciar uma pluraridade de sons que vão além do entendimento humano, desde os mais triviais vindos da própria natureza, como o barulho da chuva ou da noite, aos mais complexos de serem decifrados, como a vida no espaço em contato com seres extraterrestres.

Ambient Music lida muito com o místico, com o incomum, geralmente são músicas instrumentais e possuem uma pegada bastante experimental, envolvendo principalmente sons gerados a partir de sintetizadores e instrumentos musicais com tecnologia bastante avançada, tudo isso para ser criada uma nova atmosfera, um novo estilo de se fazer música ou de vivenciar momentos singulares na vida com o desejo de conhecer o "desconhecido". Para os que se interessaram em ter uma nova sensação musical, que estão em busca de algo experimental, que vá além do trivial, sugiro que vocês escutem:

- Brian Eno (Inglaterra, 1948);

Muitos o consideram como o pai da Ambient Music, um dos principais responsáveis por desenvolver e disseminar o gênero pelo Mundo. Já trabalhou com grandes nomes, inclusive com parceria junto a David Bowie e com a banda U2. Já desenvolveu diversas trilhas sonoras para filmes e possui um acervo significativo de álbuns, onde destacam-se: Here Come the Warm Jets (1974), seu álbum de estréia; Ambient 1: Music for Airports (1978), onde houve a aparição do termo "Ambient Music"; Ambient 4: On Land (1982) e; Another Day on Earth (2005). Eno tornou-se referência musical pela sua contribuição ao gênero e relevância de seus trabalhos.

- Michael Brook (Canada, 1951);

É um guitarrista, compositor e produtor musical que trabalha em diversos gêneros musicais, incluindo: World Music, Eletrônica e trilha sonora para filmes. Ele foi indicado ao Grammy Award de 1996 por sua produção no álbum do cantor Paquistão Nusrat Fateh Ali Khan denominado "Night Song". Sua Música Ambiente é mais abrangente no quesito cultural, costuma mesclar instrumentos de nacionalidades distintas que dá uma atmosfera bem integrada e humana. Ele também costuma introduzir em sua música ambiente a Voz como um dos instrumentos que fazem parte da construção musical. Seu último trabalho de trilha sonora mais notável foi feito para o filme "As Vantagens de Ser Invisível", de 2012. Já fez parceria com Brian Eno e Daniel Lanois em um álbum completo chamado Hybrid, de 1985.

- Diatonis (EUA);

Stuart White, mais conhecido como Diatonis do gênero Ambient Music é um compositor vindo dos Estados Unidos com uma bagagem grande pra quem curte este estilo musical. Mesclando em geral sons da natureza junto a guitarra elétrica e presença constante dos sintetizadores musicais com efeito de vozes para dar uma atmosfera ainda mais surrealista, esse é o Diatonis. Pra quem se interessar, o álbum Ambient Life, de 2003 é uma boa pedida para se introduzir na música ambiente com uma pegada leve porém bastante detalhista. Você pode encontrar algumas canções para download de graça no Diatonis' Site Oficial dá uma conferida lá!

Obs.: Além disso, ainda podemos encontrar sub-segmentos deste estilo musical: Eletronic Ambient Music, Nature Ambient Music, Chill Out, Space Ambient Music, etc. Permita-se! Aproveita pra usar a mente e ouvir tais canções enquanto faz uma boa leitura. Recomendo!

29-03-2014

Apresento: Ellie Goulding #NewMusic #HalcyonDays #LollaBr2014

Não é de hoje a minha paixão por esta britânica, mas também nossa história também não é tão longa. Porém creio que esta seja a 1a. vez em que escuto uma garota não por sua beleza, irreverência ou novidade perante as câmeras, e sim pelo simples motivo de que suas canções tocam na alma, trazem uma paz tremenda, difícil de encontrar no mundo moderno de hoje em dia, de informações rápidas em que vivemos na atualidade, os versos em suas canções chegam lotados de sentimentos que só quem se identifica com as letras que consegue sentir a alma da música. É assim como eu descreveria quem é Ellie Goulding na minha concepção: Uma garota simples, fofa, com uma voz rouca de tirar o fôlego, pela sua atitude perante a platéia e principalmente pela densidade de sentimentos autênticos que ela passa em suas canções.

Ellie Goulding nasceu em Hereford, na Inglaterra. Começou a ter notoriedade após ganhar o *BBC Sound of 2010 e lançou seu primeiro álbum intitulado "Bight Lights" no mesmo ano. Sua canção "Lights" é considerada o 1o. grande sucesso de sua carreira, chegou a atingir a posição no. #02 na Billboard Hot 100 dos Estados Unidos após 02 anos do lançamento do disco de mesmo nome, levando assim ao re-lançamento da música no novo álbum "Halcyon (2012)". O segundo álbum da britânica recebeu este nome pelo fato de que Halcyon "é uma espécie de ave que durante o inverno, deposita seus ovos junto ao mar e acalma às águas tempestuosas, e várias faixas neste disco são sobre o oceano e a água", diz Ellie a uma *Rádio Estadunidense. A cantora re-lançou o álbum com 10 novas músicas na versão Deluxe intitulado "Halcyon Days (2013)". Ellie anda colhendo muitos frutos com o re-lançamento de seu álbum: Halcyon Days já é o CD mais vendido de 2014 da Grã-Bretanha e o 1o. single do disco, "Burn" é sucesso em todo o mundo, conseguindo inclusive seu #1 lugar no Reino Unido. Atualmente a cantora encontra-se agendando datas para sua turnê de mesmo nome do álbum, "Halcyon Days Tour" que inclusive terá passagem por terras tupiniquins: Ellie Goulding é uma das atrações confirmadas do Festival Lollapalooza em abril no Brasil!

Tão nova mas trazendo tanta bagagem, Ellie Goulding é praticamente uma válvula de escape perante tantas outras que insistem nas "farofas" musicais que servem apenas para "levantar as mãos pra o céu e celebrar a juventude". Ellie Goulding é mais! Tendo influências em artistas experimentais (como a Bjork) e do antigo namorado e famoso DJ Skrillex, Ellie passou a desenvolver algo bem mais maduro e digno de atenção em seu álbum Halcyon. A iniciar pelo simples nome do disco, percebe-se a partir daí que algo tocante estava para ser experimentado pelos seus ouvidos. Os adjetivos da palavra Halcyon são: Calm, Quiet, Peaceful, Nice, Enjoyable... E assim vai. Com esta mera perspectiva você já entra no clima e decide se quer experimentar ou não estes sentimentos. Sentimentos estes que inclusive te levam a uma tensão e uma rápida insanidade, com tanta bagagem de sentimentos em suas canções como ouvimos em JOY, Figure 8 ou My Blood.

Levando em consideração todo o álbum a resposta não está somente no nome dele, pois como citado anteriormente, esta viagem no HALCYON também pode ser perigosa pelo fato de que grande parte das músicas te levam a uma tensão, a um amor incodicional, não correspondido e relatos de insanidade nas letras. Mas é daí que você tira a resposta: Ele (o álbum) pode te levar a tranquilidade, a paz, calmaria sim... Mas só se VOCÊ permitir! Halcyon meche com tudo isso, com seus sentimentos a flor da pele, como lidar com eles, e transformá-los em algo positivo e de experiências de vida. Como é o caso na canção de mesmo nome "Halcyon"... Após uma sequência de fatos que levam a crer que você escolheu uma pessoa mas ela não te dá a mínima, você começa a repensar suas atitudes e ver que "tudo vai ficar bem!"... Eu sei, é complexo de entender, mas prometo que você não vai se arrepender de ouvir este álbum.

Por quê?! Pelo simples fato de que a melodia e sonoridade realmente te levam a calmaria. Se você preferir, pare e apenas escute as versões instrumentais das músicas. Além de ser algo muito experimental, em que ela mistura o dubstep (do gênero hard-electronic) em algumas canções, com muita base de guitarra, assim como também se utiliza muito de música clássica, praticamente uma orquestra em certas músicas, como em Dead in the Water, ou Explosions. Além disso, ela tem um som bem original, ao ouvir gemidos com "uh, uuuh, uh", sei que pra você soa bastante normal, porém sua voz é inconfundível e no momento em que estes "uh, uuuh, uh" cantam em Anything Could Happen, carro-chefe do 2o. ábum, você tem a certeza de que essa é a Ellie Goulding.

Enfim, se logo após toda esta propaganda eu ainda não te persuadi a ouvir a queridinha britânica, peço que escute a canção Lights. Sei que ela faz parte do 1o. disco, mas preciso falar dela, pois foi com essa canção que passei a interessar-me pelo seu trabalho. Lights parece de ligeira impressão uma canção como outra qualquer. Até que, se você deixar ela te leva a outro estado de concepção de vida. Isso mesmo! Vivo comentando com as pessoas de que existia uma perspectiva antes e depois dessa canção. Sei que é muito surrealista e sensacionalista comentar isto numa postagem de Blog, mas este Blog é meu, e falo o que eu sinto. Lights é fuderosa! Tudo se inicia calmamente, batidas de algum instrumento (talvez electrônico?) começam a soar na gravação que remetem às luzes, nome este que se dá ao título da canção. Logo após ela começa a ser desenvolvida com muita batida e uma voz fina no refrão, que hoje em dia Ellie não consegue cantar naquele mesmo tom, mas que te leva a uma viagem musical: São as luzes da vida, que me fazem continuar caminhando e percorrendo meu caminho, antes eu acabava me perdendo nele, sem ter direção ao certo, sem saber minhas crenças, no que acreditar, até encontrar as luzes que me chamam pra continuar no meu caminho sendo forte o bastante e continuar sonhando com o ainda desconhecido (claro!), pois você nunca sabe o que te espera amanhã, mas que a cada dia você espera por algo da vida, espera por novidades, as vezes elas podem ser sensacionais, outras nem tanto. Mas as vezes só você pode decidir se quer novidades ou não em sua vida. Você quem decide o seu destino.

Pra finalizar, se você está em busca de algo ainda mais experimental, te convido a ouvir ao último álbum intitulado "Halcyon Days", suas canções continuam com tensão de sentimentos mas dessa vez com batidas mais leves e tranquilas, que te levam a falsa impressão que tudo não passa de uma outra "farofa" do mainstream dos Estados Unidos, mas não se engane. Ellie também faz parcerias com DJ's, brincando muito com a electronic music. Recomendo!

*BBC Sound of 2010, é uma sondagem das rádios britânicas, críticos e produtores musicais, no sentido de encontrar o artista mais promissor. Usualmente, esta lista com 10 artistas sempre é publicada no início do ano.
*KAMP-FM, Los Angeles - CA.

+ Música
Lights; JOY; My Blood; Goodness Gracious.

P.s. Ainda sobre a canção "Lights", dizem as más línguas que no dia em que ela compôs esta canção, estava muito inspirada pois estava sozinha em casa, no fim da tarde, sem seus pais ou irmãos por perto para lhe atrapalhar, até que ela teve a curiosidade de se tocar e conhecer, de modo até então desconhecido, o seu próprio corpo. Nunca se sabe, são só boatos rs.

+++Verso+++
"I had a way then losing it all on my own
I had a heart then but the queen has been overthrown
And I'm not sleeping now, the dark is too hard to beat
And I'm not keeping now, the strength I need to push me..."

28-01-2014

Viva a Sociedade Alternativa! #MúsicanaVeia #TocaRaul #PauloCoelho

Não entendia o significado do ditado popular: "Nunca é tarde pra começar"...

Hoje em dia eu acredito nisso. Nunca é tarde pra começar a leitura, os estudos, o modo de ver as coisas, a perspectiva de vida, enfim... Afinal a vida é um ciclo, as vezes ela pode se repetir por muitos anos, porém os incomodados não se sustentam com a mesmisse por muito tempo, é daí que vem a inspiração. A inspiração de fazer algo diferente. De valer a pena cada dia em que você passa na Terra. De acreditar em sua verdade e compartilhar isto com o Mundo. Por isso costumo acreditar no poder da  Música, em que ela pode quebrar barreiras e preconceitos bestas da sociedade moderna. Acredito na Música, no seu potencial de mudar formas de pensamento levando você a uma liberdade de conduta e paz espiritual, ela proporciona tudo isso assim como qualquer outra arte a qual você acredita. Nos dias atuais, num Mundo tão informado em que notícias são reproduzidas e compartilhadas em questão de segundos, em minha própria casa posso conhecer de tudo um pouco na música, desde a cultura do coco-de-roda, dança e representação cultural típica de meu Estado - Paraíba, até ao Taiko (Tambores) da cultura Nipônica. E isso é demais! É o momento da Liberdade de Mundo. Como diz a nossa querida Madonna é o momento da #ArtForFreedom, e isso tudo você pode fazer em um imenso festival de música, assim como com um grupo de amigos na garagem de seu prédio ou simplesmente no conforto de sua própria casa... a um clique... com a Internet.

É com esta ferramenta de informação que tive a oportunidade de conhecer nestas férias de verão trabalhos de incríveis compositores, cantores e performistas, tanto de décadas atrás como de artistas consagrados do cenário atual e underground. Artistas que possuem a sua própria visão de Mundo. Seu próprio modo único e lindo de ver as coisas... E quem sabe não é uma visão linda de Mundo? Depende do ponto de vista. Hoje estou aqui para falar sobre a abundância da cultura musical em que resgatei nessas férias. Este Post conta sobre a oportunidade que tive/e estou tendo (pois seu acervo é praticamente interminável, infinito) em conhecer a obra de um artista de nosso Brasilzão. Ele já nos deixou, partiu dessa pra melhor, porém nos presenteou com um grande acervo de canções que pregavam a liberdade - acima de tudo, seus questionamentos a respeito da vida e traziam um novo estilo de conduta, aderindo a uma "sociedade alternativa" para o sistema ditatorial de sua época e que até hoje ainda faz sentido. É o cara, é o Raul Seixas!

O complicado é que falar de feras que contribuiram de forma muito significativa de sua época até o cenário atual seja ele na música, na política, na arte em geral, esses e tantos outros artistas viveram numa época em que sair na rua em busca de direitos e utilizar de suas "formas de se fazer arte" mecanismos para criticar a atual situação do País, com canções de cunho protestante... se fazer isso era ou pego, ou preso, ou torturado ou exilado de seu próprio País (não seguindo necessariamente esta ordem). Mas eles não se cansavam, nem eles nem tantos outros artistas, jornalistas e estudantes que faziam de sua voz um grito de liberdade. Quero transformar este Post não só na contribuição deles para a música, e ir além disso, mostrar a contribuição que deram para a Liberdade de Expressão Sem-Censura, Movimentos Hippies - de crítica contra o regime "restrito" da sociedade, e a sua contribuição para a legião de fãs e adeptos (sejam eles estudantes, jornalistas, ativistas, músicos e anônimos) de suas filosofias de Mundo, eternizando assim a "Sociedade Alternativa" no Brasil.

Raul Seixas, um rockeiro nato nascido na cidade de Salvador em 1945, sempre foi considerado um dos pioneiros do Rock Nacional e sua obra composta por 17 discos em 26 anos é considerada de grande importância ao cenário musical brasileiro. Em 1974 Raul lançou o seu álbum de maior notoriedade no Brasil. "Gita" como foi chamado o nome do álbum, vendeu mais de 600 mil cópias na época e a maioria das músicas teve a colaboração de Paulo Coelho (Autor Brasileiro) em suas composições. Foi com a ajuda do Paulo e influências em obras de outros grandes autores que recém-chegado do exílio por conta da Ditadura Militar, Raul conseguiu buscar inspiração para desenvolver o álbum que entraria para a história da música brasileira. A canção "Sociedade Alternativa" inspirada na obra do britânico Aleister Crowley, foi composta junto ao Paulo Coelho e criticava indiretamente a restrição das pessoas em não viverem a sua própria vida do modo que bem entendem. A Sociedade Alternativa seria aquela em que você seria dono de si mesmo, poderia escolher entre o que é certo ou errado, você teria a liberdade de decidir o que gostaria de ser feito, sem a interrupção de terceiros, seria a sensação de liberdade por completo, sem Leis para atrapalhar desejos e modos distintos de pensamento.

Claro que se levarmos esta convicção de vida estaríamos passando dos limites. Cada um tem a opção de pensar do modo que bem entende, isso eu acredito. Por este motivo que na minha humilde opinião, a Sociedade Alternativa é algo utópico, porém nós podemos viver nossa própria sociedade alternativa com nós mesmos. Pensando bem, este é o melhor modo de viver a vida, claro que sempre respeitando as idéias alheias, não ultrapassando os limites, ou seja, sempre bom moral e ética podemos fazer deste mundo um pouco melhor de se viver a cada dia. Sei que é complicado de entender. Até eu sou um amador em busca de respostas para tudo, mas nem por isso eu posso deixar de questionar. Se hoje eu decidisse por ser neutro, se eu já soubesse de tudo nesta vida perderia toda a graça. É por isso que admiro o trabalho do Raul Seixas assim como a colaboração do Paulo Coelho em suas canções e seus livros publicados. Ambos possuem uma incrível visão de ver as coisas, principalmente o lado bom da vida, sem perder o bom humor e nem esquecendo-se da seriedade sábia.

Deixo aqui registrado que foi complicado finalizar este Post, principalmente pelo fato de que pra mim esta discussão da obra do Raul é incasável de ser analisada. Portanto não finalizei o Post, deixo aqui em hiato [...]. Quem se interessar, escutem os álbuns, leiam as diversas biografias e assistam filmes e documentários sobre o Raul, ou leiam os textos e publicações do Paulo Coelho. O Alquimista é uma boa pedida para quem vai iniciar com a leitura... Recomendo!

+ Música:
Eu Nasci Há 10 Mil Anos Atrás; Sociedade Alternativa; Metamorfose Ambulante.

Tem coisas que são complicadas de se decifrar, principalmente quando o assunto é "o que estamos fazendo aqui e pra onde vamos?", como dizia Raul. Essa questão é tão complexa, agora eu entendo porque as pessoas sempre pedem Raul nos bares da vida: Pensar e analisar. Filosofia de vida.

+++Verso+++
"-Faz o que tu queres
Há de ser tudo da Lei"
Viva! Viva!
Viva A Sociedade Alternativa
"-Todo homem, toda mulher
É uma estrêla"
Viva! Viva!
Viva A Sociedade Alternativa!"

28-01-2014

A Era das Hash-tags #MPPOPB #CriatividadeBrasileira #2014 #NovosAres #1oPostdoAno

Assim como qualquer outra pessoa normal, todos os anos me pego fazendo aquela "famosa" listinha de desejos, objetivos e metas para o ano. Desta vez, não foi diferente. E o ano já começou com diversas surpresas. Uma delas, e a que mais está me inspirando nos últimos tempos é o fato de que irei viajar à São Paulo em abril para ir ao meu 1º Festival de Música, o Lollapalooza Brasil, um dos maiores festivais de música do Brasil e do Mundo, com bandas e artistas feras do cenário "mainstream-underground" de diversos lugares do Mundo. Para quem é amante de todos os estilos e ritmos musicais, estar num Festival pela primeira vez com certeza será uma experiência digna de expectativas principalmente positivas. É a oportunidade em que o ouvinte/amante da música tem em poder assistir a materialização daquilo que costuma-se, rotineiramente, escutar em casa: A música. O contato direto em que você tem com o seu artista em cima do palco é algo inexplicável. Podem existir 10 mil pessoas na platéia, mas ali, o momento é apenas entre você e o artista ao qual, com a ajuda de seus colaboradores/músicos, desenvolveu as canções que você costuma ouvir em casa, e se identificar com a arte musical. E é isto que eu espero, principalmente para o início do ano.

Espera-se muita animação, magnificência e emoção com o Lollapalooza Brasil 2014.

Mas enfim, este na verdade é primeiro post inicial do ano, assim como o de alguns anos atrás, pois como eu pude perceber, estou desativado há um bom tempo do meu Blog. Coisas que são normalmente tão importante pra nós, porém são apenas hobby's, acabam por de vez em quando serem esquecidas com o passar do tempo. Mas mesmo com a adição de anos que se passaram, é só mais uma prova concreta de que você ainda acredita em certos projetos de vida e, querendo ou não, como muitos anos se passaram, acaba por perceber que anda conhecendo muitas novidades no mundo da música, ou seja, a bagagem com o tempo só tem a crescer, a aumentar e a se reproduzir em outras novidades, a qual eu desejo com muito carinho, continuar compartilhando com o passar dos anos neste Blog, nem que seja alguns posts, para que daqui a 10/20 anos eu os leia e perceba o quanto que cresci, principalmente, na maturidade musical.

Ano de 2014, muitas novidades no mundo da música, tanto mainstream quanto em cenários underground foram expostos para os amantes da música. Eu, particularmente venho resgatando nestas férias o desejo de ouvir música da Terra, a popularmente conhecida como MPB, a Música Popular Brasileira. Na verdade, eu sempre a vi com muito preconceito, imaginava que todos os artistas brasileiros se resumiam a cantar junto ao violão e recitando versos complicados com a voz melosa do vocalista da banda Los Hermanos. Hoje eu tenho a ideia completamente diferente. Sei que existem alguns que ainda embarcam na mesmisse de imitar um antigo grande sucesso, assim como existe em qualquer outra nacionalidade. Mas existem aqueles que realmente podem até parecer bem triviais, porém trazem uma novidade interessante para o País, a criatividade.

Sempre fui fã de música experimental, daquelas em que os instrumentos são a base de qualquer outra coisa, pois a partir deles e de uma boa harmonização musical, podemos encontrar a alma da canção, acredito nisso. Assim como sou fã de carteirinha dos ditos "electro-music", estilo esse que considero o mainstream de minha vida, mas não apenas aquelas "cantoras pop" da atualidade, mas acredito que o "electro-music" é uma mistura de ritmos, principalmente com instrumentos de tecnologia avançada, como sintetizadores e "pegada eletrônica" com letras que pode tornar a experiência musical em outro nível, diria até que espacial, "LSD experience". Escrevi este último parágrafo para comentar sobre artistas em que já falei em meu Blog e novatos que chamam muito a atenção por seu jeito único em desenvolver música, e utilizam novas formas de criação musical, fora do eixo apenas "voz/violão" para trazer o autêntico a Música Brasileira. São exemplos disso: Banda Uó (GO), Clarice Falcão (PE) e Silva (ES).

- Banda Uó;
Esta banda Goiana veio, na minha humilde opinião, para revolucionar o cenário brasileiro, trazendo letras divertidas, bem humoradas e buscando temas que estão sempre em alta no "brega do Brasil", como traição e amor. Com uma sonoridade típica do Pará, e o estilo "tecno-brega" (artistas também adeptos: Gaby Amarantos e Gang-do-Eletro) na veia, a banda está lotando casas de shows com a sua 1a. turnê intitulada "MOTEL", nome este que leva também o 1º disco da banda, lançado em 2012.

+ Música: Faz Uó; I (love) Cafuçu; Cowboy.

- Clarice Falcão;
Menina doce, meiga, fofa... e todas as palavras sinônimas para ela, adicionado a um talento nato para a música (assim como para a atuação, em "Porta dos Fundos" rs.). Clarice Falcão, hoje com 24 anos possui um álbum intitulado "Monomania (2013)" e assim como a Banda Uó, costuma trazer em suas canções gravadas normalmente "voz/violão" a criatividade nas composições. Sempre bem humorada - inclusive quando não deveria ser - a garota traz um som autêntico e fácil de se ouvir. Em seu álbum de estréia, ela possui a colaboração do Silva numa de suas canções, e pense como deu certo!

+ Música: De Todos os Loucos do Mundo; Eu Esqueci Você; Eu Me Lembro (part. Silva).

- Silva;
Como sou curioso quando o assunto é música, acabei conhecendo o trabalho minimalista do Silva ao vasculhar o line-up do #LollapaloozaBr2014. Considero o álbum "Claridão (2012)" do Silva como sendo muito rico em detalhes, possui uma pegada bastante experimental - com a adição de diversos instrumentos em suas canções, além dos convecionais, a pegada eletronica, com sintetizadores, além de sinos, flautas, bateria eletrônica, piano, etc. - além de uma voz doce e imcomparável do rapaz.
O rapaz lançou há poucos meses o trabalho *audio-poético-visual* para a música "Imergir", conseguindo assim grande repercussão nas redes sociais. Vale a pena conferir!

+ Música: Cansei; 12 de Maio; Imergir.

Primeiro Post de 2014, lá se foi. Com bastante inspiração e alma. Assim que eu gosto. Sempre humano. Finalizo o Post com os versos do Silva, em 12 de Maio.

+++ Verso +++

"Mesmo quando ela não está
Se arrastando pelo som da batucada

Fica pronta pra quem se arriscar
Vai dançando até o fim da madrugada

E a hora passa sempre devagar
Pra quem vê o bom lado da vida e se lança!"

28-01-2014